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Copa do Mundo e manifestações estão entre os motivos para o fraco desempenho do setor de serviços. O PIB deste segmento caiu 0,5%no segundo trimestre, na comparação com os primeiros três meses do ano. Foi o pior resultado, desde 2008. E só não foi ainda pior porque o consumo das famílias subiu e ajudou a aumentar as vendas nos supermercados.

Rolezinhos em shoppings, manifestações de rua… Por receio de enfrentar situações assim, muita gente optou por fazer as refeições em casa e deixou de frequentar restaurantes. Os jogos da Copa também afastaram os clientes.

“Nós, em termos reais, caímos 2%, mas nós achamos que no segundo semestre nós cresceremos acima da inflação 2% e pretendemos encerrar o ano, pelo menos, cumprindo o objetivo de crescer um pouco acima da inflação”, conta Roberto Bielawski, diretor geral da Ráscal.

Em uma rede de supermercados, o faturamento cresceu quase 5% no primeiro semestre. O consumidor está gastando mais no supermercado. O valor médio de uma compra nessa rede, no primeiro semestre desse ano, chegou a R$ 33,6 reais, 7% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado; efeito da inflação, porque nos carrinhos há menos produtos.

Outra constatação: o consumidor está indo menos ao supermercado, em geral quando recebe o salário. Sinal de que está endividado, diz o gerente.

“Eles preferem comprar já um pouco mais no dia que recebe o salário. Depois dá uma reduzida bem naquelas comprinhas que a gente chamava de sacolinha”, explica o gerente do Futurama, Antônio Ferreira de Sousa.

Números invejáveis mesmo são o de uma empresa de tecnologia da informação. O faturamento aumentou 15% no primeiro semestre, reflexo de dois aportes que recebeu no valor de mais de R$ 100 milhões, de investidores. O dinheiro financiou a compra de equipamentos e deu folego à empresa.

A meta agora é fechar o ano com alta de 40%. O potencial de crescimento do negócio deve ajudar.

“Nosso segmento de negócio é um segmento, aonde nós temos especialistas em computação em nuvem, que propiciam reduções de custos e eficiências para as empresas, principalmente de pequeno e médio porte que são os segmentos que nós procuramos atuar mais fortemente” explica Rosângela Sutil, Diretora Financeira da Mandic.

Fonte: GloboNews