A lista de Pequenas e Médias Empresas com maior crescimento no Brasil, divulgada pela Deloitte, tem o segmento de serviços de TI como o mais significativo. Das 100 companhias citadas na pesquisa, 37 são do setor de tecnologia.

O ranking apresenta as PMEs que registraram maior alta no faturamento entre 2014 e 2016. Nesta edição, 575 empresas se inscreveram e 291 responderam ao questionário para apresentar seus resultados.

A líder do ranking é uma das representantes da área de TI: a Cata Company, de Santa Catarina, ficou com o primeiro lugar da lista. Com receita de R$ 8,7 milhões em 2016, a empresa apresentou crescimento de 4.658% nos últimos dois anos.

Fundada em 2013, a Cata Company começou com o lançamento do equipamento CataMoeda. A máquina está presente hoje em cerca de 400 lojas de mais de 140 varejistas de 21 estados brasileiros e o Distrito Federal.

Em 2015, a startup firmou uma parceria com a Prosegur, empresa líder de transporte de valor no país. A companhia passou a fornecer soluções tecnológicas para outras empresas do segmento, como Protege e Preserve.

Há cerca de 5 meses, a Cata Company recebeu um investimento de R$ 5 milhões do Fundo Sul Inovação.

O segundo lugar do ranking de PMEs ficou com a Virtual Connection, de Minas Gerais. A companhia registrou receita de R$ 47 milhões em 2016, aumento de 911% em relação a 2014. Fundada em 2008, a empresa atua com serviços a clientes, infraestrutura de TT, treinamento e call center.

Já a Redspark Technology ocupa o 12° lugar da lista. A empresa teve receita de R$ 10,5 milhões em 2016, crescimento de 171% em dois anos. A Redspark é uma empresa de desenvolvimento digital que atende a clientes como Amil, Mary Kay, Sony, F.biz e Sapient.

Na 14ª posição aparece a SIS, que cresceu 157% entre 2014 e 2016, chegando ao faturamento de R$ 26,2 milhões. A empresa oferece soluções e serviços que atendem aos mercados de seguros, operadoras de cartões, varejo e fabricantes ou importadores de equipamentos eletrodomésticos, eletroeletrônicos e de informática.

O ranking segue com a catarinense Pixeon Medical Systems, que fornece um sistema de gestão hospitalar. A empresa fechou 2016 com receita de R$ 58,3 milhões, alta de 142% em dois anos. A Pixeon possui atualmente 2 mil clientes no Brasil e conta com escritórios em Florianópolis, São Bernardo do Campo e Salvador.

O 16° lugar da pesquisa é da VTEX, fornecedora de plataforma para e-commerce. O faturamento de R$ 100 milhões em 2016 representa um aumento de 141% na comparação com 2014. A VTEX tem uma carteira de 2 mil clientes, incluindo nomes como Ambev, Electrolux, O Boticário, Nestlé, Alpargatas entre outros.

Já na 21ª colocação está a paulista Paperless. Com faturamento de R$ 5,6 milhões em 2016, a companhia cresceu 94% em dois anos. A empresa atua com documentos fiscais eletrônicos para o varejo, oferecendo soluções para a geração, emissão e gestão de documentos.

Zenvia, do Rio Grande do Sul, ficou com a 14ª posição. A empresa registrou receita de R$ 262,2 milhões em 2016, alta de 84% em relação a 2014. Focada em mobilidade, a Zenvia oferece soluções para mais de 5 mil empresas no Brasil e atinge mais de 25 milhões de consumidores com serviços em parceria com operadoras e empresas.

O crescimento de 83% entre 2014 e 2016 colocou a Dedalus Prime no 25° lugar. A empresa faturou R$ 55,4 milhões em 2016. A companhia tem parcerias com AWS, Microsoft e Google para oferta de computação em nuvem

A lista segue com a Selbetti, que teve receita de R$ 84 milhões em 2016 (crescimento de 81%). A empresa atende a mais de 2,1 mil clientes, sendo responsável pela gestão de quase 30 mil equipamentos de impressão. Em janeiro, a Selbetti, de Joinville, adquiriu a Absoluta Sistemas de Impressão, empresa de Santa Cruz do Sul.

Na 27ª colocação está a Máxima Sistemas, que alcançou receita de R$ 16,6 milhões em 2016, um crescimento de 81% em relação a 2014. A empresa é especializada em soluções de força de venda ligadas ao ERP WinThor, da PC Sistemas.

Com R$ 68,1 milhões em faturamento, o Grupo Quality Software cresceu 77% em dois anos. Assim, ficou no 28° lugar no ranking. Em abril, a companhia paulista de serviços de TI adquiriu a paranaense Premier IT por um valor que pode chegar a R$ 31 milhões até 2020.

Já o grupo DCG, focado em e-commerce, ficou na 29ª colocação. A companhia faturou R$ 10,7 milhões em 2016, o que significa um aumento de 76% na comparação com 2014. O grupo é resultado da reorganização dos negócios da EZ Commerce, a partir da qual a empresa passou a se concentrar em lojas virtuais de pequeno e médio portes.

Segware está no 32° lugar com um crescimento de 68%. A companhia catarinense focada em software de monitoramento de alarmes faturou R$ 8,7 milhões em 2016.

Na 35ª posição aparece a Safetec Informática, que cresceu 65% entre 2014 e 2016 ao alcançar receita de R$ 10,5 milhões. Com sede no Porto Digital, em Recife, a empresa fornece ferramentas das empresas Google, Microsoft e Salesforce.

A lista segue com a Ivia, do Ceará, que faturou R$ 41,3 milhões em 2016 – crescimento de 61%.  Com atuação em serviços de BI, outsourcing e desenvolvimento de software, a empresa tem unidades em Fortaleza, Natal e Recife.

O 37° lugar ficou com a Soluti, de Goiáis. A empresa de certificação digital teve alta de 61% em dois anos e fechou 2016 com faturamento de R$ 22,5 milhões.

Já a Datainfo ficou com a 43ª colocação ao crescer 55% entre 2014 e 2016. A companhia teve receita de R$ 18,9 milhões no último ano. A consultoria de outsourcing em TI com sede em Blumenau tem clientes como Weg, Tigre, Hering e Seara.

Sou, de São Paulo, ficou com a 45ª posição. A empresa fundada em 2009 é focada em educação corporativa, atuando em áreas como cursos online e jogos de aprendizagem. Em 2016, registrou faturamento de R$ 8,4 milhões, uma alta de 50% em dois anos.

Na posição seguinte aparece a Veltec, que teve crescimento de 49% com a receita de R$ 26 milhões alcançada em 2016. A empresa de Londrina atua em tecnologias embarcadas para gestão em tempo real da operação de veículos em campo.

O 50° lugar ficou com a Mandic e seu faturamento de R$ 47,2 milhões em 2016, que representou um aumento de 47% em dois anos. Focada em serviços em nuvem, a Mandic tem mais de 1,5 mil clientes corporativos em sua carteira. Em abril, a empresa comprou toda a área de prestação de serviços de nuvem da Ascenty, maior empresa de infraestrutura de data center do Brasil.

Ciberian TI, da Bahia, está na 58ª colocação. A empresa alcançou receita de R$ 18,6 milhões em 2016, uma alta de 42% em relação a 2014.  A companhia tem negócios nas áreas de service desk, fábrica de software, outsourcing e consultoria.

Já a gaúcha Under ficou com o 62° lugar ao faturar R$ 7,8 milhões em 2016 – aumento de 40% na comparação com 2014. Com mais de 15 anos de mercado, a Under atua em tecnologia de data center, servidores dedicados e serviços gerenciados em nuvem. Com sede em Porto Alegre, a companhia conta com uma filial em São Paulo.

Na 68ª posição aparece a paranaense Premier IT, que cresceu 39% em dois anos e faturou R$ 43,3 milhões em 2016. A companhia foi adquirida pelo Grupo Quality em abril de 2017.

Jiva ficou com a 71ª colocação na lista de PMEs que mais crescem. A empresa teve crescimento de 38% em dois anos e alcançou receita de R$ 10 milhões em 2016. Sediada em Uberlândia, Minas Gerais, a Jiva tem um ERP focado principalmente em pequenas companhias dos segmentos de varejo e atacado.

O 72° lugar ficou com a CTI, que cresceu 38% entre 2014 e 2016. A companhia alcançou faturamento de R$ 13 milhões em 2016. A empresa atua como parceira de marcas como SonicWall, Microsoft, Kaspersky e Sophos.

Na 76ª posição a lista cita a BExpert, que apresentou alta de 36% na receita entre 2014 e 2016, chegado a R$ 17,8 milhões. A companhia é parceira da Oracle e é especialista na implementação de CRM.

Com receita de R$ 22,5 milhões em 2016, a Infobase registrou alta de 33% em dois anos. A companhia, que ficou no 80° lugar do ranking, divide seu plano de serviços em três blocos principais: aplicações, infraestrutura e digital.

No 82° lugar aparece a Geofusion, que cresceu 30% entre 2014 e 2016 ao faturar R$ 16,9 milhões no último ano. A empresa atua com inteligência de mercado por meio de informações geográficas e conta com clientes como McDonalds, O Boticário e a Coca-Cola FEMSA.

A lista segue com a carioca Alterdata, que registrou receita de R$ 123 milhões em 2016, um crescimento de 30% em relação a 2014. A empresa, atua no segmento de soluções para gestão empresarial de PMEs, tem mais de 30 mil clientes e 1,3 mil colaboradores.

A 87ª colocação ficou com a E.Life, que atua com análise de comportamento do consumidor a partir do monitoramento de redes sociais e jornada digital. Com faturamento de R$ 19,8 milhões em 2016, a companhia cresceu 28% em dois anos.

No 88° lugar aparece a Senior Sistemas, de Blumenau, que faturou R$ 229,9 milhões em 2016. Com isso, registrou alta de 28% na comparação com 2014. Focada no desenvolvimento de sistemas para gestão, a empresa adquiriu em julho a Gôndola Sistemas, que desenvolve soluções especialistas para o segmento supermercadista. Esta foi a nona operação da Senior nos últimos sete anos.

LG lugar de gente ficou com a 90ª posição do ranking. A empresa cresceu 26% em dois anos com o faturamento de R$ 77,1 milhões alcançado em 2016. Sediada em Goiás, a companhia é especializada em soluções de gestão de pessoas.

A 94ª colocação foi para a Gertec, que faturou R$ 23,6 milhões no último ano – o que representa uma alta de 24% na comparação com 2014. A Gertec está presente no mercado desde 1989, concebendo equipamentos e soluções para meios de pagamento, automação comercial e bancária, soluções de pesquisa, terminais de consulta e controle de ponto.

O ranking segue com a Consinco, provedora nacional de ERPs para varejistas, atacadistas e distribuidoras. A companhia faturou R$ 48 milhões em 2016, valor 23% maior que o de 2014.

Depois, na 96ª posição, aparece a Apdata do Brasil. A companhia registrou receita de R$ 48,7 milhões em 2016, alta de 23% em dois anos. A companhia é especializada em soluções para gestão de RH.

Na penúltima colocação do ranking das PMEs que mais crescem está a I4PRO, que aumentou em 22% sua receita entre 2014 e 2016, chegando a R$ 27 milhões. Sediada em São Paulo, empresa é especializada em ERP para o mercado de seguros, resseguros, previdência e capitalização.

Os critérios da Deloitte para qualificar as empresas no ranking são: estar em fase operacional há mais de cinco anos, possuir receita líquida entre R$ 5 milhões e R$ 500 milhões em 2016 e não estar vinculada a grupo empresarial com receita líquida igual ou superior a R$ 2 bilhões em 2016.

 

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