Por Rodrigo Santos*

Podemos dizer que as metodologias que surgiram após o conceito da TI bimodal – que existe desde 2014 e sugere que as organizações tenham a disposição não apenas a área de TI tradicional, mas também uma equipe experimental para iniciativas inovadoras – foram influenciadas por essa filosofia. Neste sentido, a cultura DevOps também oferece suporte ao novo jeito de pensar a tecnologia como forte aliada dos negócios.

Porém, essas frentes nem sempre andam no mesmo ritmo, então cabe aos líderes do departamento de Tecnologia da Informação desenvolverem uma estratégia para assegurar que a adoção dos novos métodos aconteça da melhor forma possível. Na prática, é como ‘trocar o pneu de uma bicicleta em movimento’, é preciso cuidado e equilíbrio para que ela continue andando. Apesar da mudança ser disruptiva, ela possui etapas que merecem toda a atenção dos executivos de TI.

Outra metodologia bastante utilizada em TI é a Agile, que busca dar celeridade ao desenvolvimento de software. Dentre os pilares desse pensamento estão as entregas contínuas de pacotes menores, mas de valor importante para o cliente; a desburocratização e a redução das passagens de mão e a automação de processos, como testes e deploy (fase de implantação de uma aplicação).

Cada empresa precisa reconhecer as suas especificidades para estabelecer uma situação favorável à internalização do DevOps, mas alguns caminhos provavelmente serão comuns a todas elas. Profissionais de TI acostumados a frameworks (que é a abstração que une códigos comuns entre vários projetos de um software para prover determinada funcionalidade) bastante consolidados no mercado, como o ITIL e Cobit, consideram que não há como conjugar esses métodos tradicionais com o DevOps.

Um dos argumentos usados para derrubar essa ideia é a origem do DevOps. Já dissemos que ele está inserido no contexto da TI bimodal, que alia as convenções já estabelecidas com inovações. E isso, por si só, contraria a noção de exclusividade de um método oriundo desse tipo de filosofia.

Nas organizações onde já há DevOps implementado, é comum a convivência pacífica com outros modelos. O importante é saber quais processos migram para o novo método e quais permanecem no antigo. Além disso, resolver como esses 2 polos se comunicarão é o ‘pulo do gato’ para uma gestão eficiente dessa bimodalidade em TI.

*Rodrigo Santos é DevOps Engineer da Mandic Cloud Solutions.

Disponível em: https://itforum365.com.br/ti-bimodal-e-as-novas-metodologias-como-elas-podem-ajudar-as-empresas/

Outros links:

https://www.channel360.com.br/ti-bimodal-e-as-novas-metodologias/  

https://www.segs.com.br/info-ti/169145-ti-bimodal-e-as-novas-metodologias 

http://www.omunicipio.jor.br/wordpress/2019/05/07/tibimodal-e-as-novas-metodologias/